sábado, 8 de outubro de 2011

Aparecida Panisset: a prefeita que adora uma guerra santa

Fonte: Extra Online


Aparecida Panisset se envolve em mais polêmicas santas Foto: Roberto Moreyra / EXTRA
Antero Gomes

Aparecida Panisset se apresenta quase como uma personagem bíblica quando fala de si por meio de parábolas. “Um dia” é o advérbio que ela usa a cada começo de versículo sobre uma passagem de sua vida. “Um dia — narra a prefeita de São Gonçalo — eu estava em campanha para a prefeitura, em 2004, não tínhamos dinheiro sequer para alugar outdoor; eu me perguntava como é que iria fazer, e, aí, Deus falou assim para mim: Neemias 2,17”.
— Desse trecho bíblico, que fala da reconstrução de Jerusalém, criei o slogan “Reconstruindo São Gonçalo”(...). Eu não tinha nada. Eu era uma gota no oceano — diz Panisset, pintando com nuances de martírio aquela campanha em que participava de “modestas” caminhadas com seus correligionários alimentados “a banana e água”.
Naquelas eleições, a evangélica Aparecida — mesmo nome da santa católica Nossa Senhora de Aparecida — fez uma revelação ao povo gonçalense. Ao derrotar, numa virada de última hora, a candidata Graça Matos, mostrou que seria uma das grandes forças políticas do município. Seus adversários a acusaram de ter espalhado jornais pela cidade com fotomontagens em que Graça, na época com forte adesão do eleitorado evangélico, aparecia vestida de “macumbeira”. A autoria nunca foi provada.
Casada com o poder
Para a solteiríssima Panisset, “um dia” equivale à expressão “era uma vez” dos contos de fadas. Deslumbrada com a própria história de ascensão política, usando um inseparável anel talhado com a inscrição em hebraico “eu sou do meu amado, meu amado é meu”, ela diz que se casou com a prefeitura. Subiu ao altar — por assim dizer — no dia em que tomou posse no Executivo. Na ocasião, vestia uma roupa cujo tecido fora comprado numa liquidação a R$ 8,90, o metro.
À frente do município desde 2005, ela não se mostrou tão econômica assim com as finanças da nova família. Comprou desde merenda escolar a cimento sem licitação ou com valores acima dos praticados no mercado. No Tribunal de $do Estado (TCE), acumula, só em relação a condenações entre 2010 e fevereiro de 2011, R$ 1,2 milhão em multas e débitos. Fora o patrimônio declarado de R$ 144 mil, se depender do salário integral como prefeita, levará nove anos para pagar a conta.
— Aparecida é uma das campeãs de irregularidades no estado — diz o conselheiro do TCE José Graciosa.
Nas ruas, longe dos números frios dos tribunais, Aparecida é beijada e abraçada em meio à enxurrada de asfalto novo e inaugurações na cidade. Boa parte dos recursos vem da União, a partir de 2007. Naquele ano, ela pulou do DEM para o PDT — partido da base do governo e do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Muitas vezes ajudada por Lupi, que agenda encontros com seus pares na Esplanada dos Ministérios, Panisset conseguiu subir sua carteira de valores liberados em convênios de R$ 1,7 milhão, em 2007, para R$ 30 milhões, este ano.



Numa quarta-feira de setembro, o EXTRA acompanhou Aparecida num desses encontros com o eleitorado gonçalense. Sua assessoria agendou uma visitinha a algumas das inúmeras ruas do bairro Trindade que estão sendo pavimentadas. Simpática, abraçou calorosamente o repórter. Amável além do necessário, retribuiu cumprimentos até a quem passava sem tê-la cumprimentado. Vestindo um tailleur de tweed, pisou no piche quente. Beijou criança. Abraçou velhinha...
Mas havia uma frágil harmonia em tudo aquilo. Algo fora do lugar, por trás do “casamento de aparências”. Além do barulho dos tratores em comunhão com o entusiasmo das pessoas. Além das faixas, estendidas entre os postes, nas quais “os moradores agradecem à prefeita Aparecida Panisset por mais esta obra”. Faixas confeccionadas com os mesmos tipos, tamanhos e cores de letras de outras dezenas espalhadas, em tese, por moradores de outros bairros.




Na Rua Recife, irrompe um morador. Ele agradece pelo asfalto, mas pergunta: “E o esgoto, prefeita, quando chega?”. É como se um vaso de rosas se quebrasse na sala de estar. Aparecida tenta varrer para debaixo do tapete: “Vou pedir para ligar na sua casa”. O morador quer saber quando. O repórter quer saber quando. Quando? Quando?
— Quem vai colocar o esgoto é o estado. Não vai precisar quebrar o asfalto. Vai correr sob a calçada. A Secretaria estadual de Ambiente já licitou a obra. Vai começar em breve — diz ela, desmentida depois pela secretaria, que informou não haver projeto nem licitação prontos, embora a região deva ser beneficiada num prazo de DOIS anos. Ops. Corta.
Aparecida responde a onze ações civis públicas propostas pelo Ministério Público. Uma delas chama a atenção por mostrar como o clã Panisset trata os “bens da família”. Diz respeito à área da Saúde, que teve, em sete anos, sucessivas crises e seis secretários. O atual é o irmão da prefeita, Márcio Panisset. Essa ação do MP conta a seguinte historinha:
Um dia...todos os veículos do setor de remoções da Secretaria de Saúde foram desviados para transportar pessoas, bebida e comida para uma festa de Márcio Panisset, num sítio em Itaboraí. Enquanto isso, durante aquele 15 de dezembro de 2009, o setor de remoções ficou fechado.
Aparecida diz estar tranquila sobre as denúncias. Dorme sem calmantes. Sorte dela. Se precisasse de um Diazepam, durante boa parte de agosto e setembro, e pedisse para um funcionário buscar no posto de saúde a um quilômetro do seu gabinete, ia ficar na mão. Estava em falta!! Precisar, ela não precisa, mas vai que “um dia”...

Prefeitura de São Gonçalo poderá tombar terreno onde nasceu a umbanda

Fonte: Extra Online


Pai Cristiano de Oxalá luta na Justiça para que seu centro não seja desapropriado pela prefeitura de São Gonçalo Foto: Clarissa Monteagudo
Clarissa Monteagudo

A luta da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa pela preservação da história da umbanda em São Gonçalo, município onde nasceu a religião, deu um passo decisivo ontem. Após quatro dias de tentativas, as portas da prefeitura da cidade se abriram para os religiosos.
No encontro com o chefe de gabinete da prefeita Aparecida Panisset, Eugênio Abreu, foi protocolado um documento pedindo tombamento do solo onde ficava a casa considerada berço da umbanda, vendida e demolida para a construção de uma loja. No local, foi realizada a sessão que fundou a religião, liderada pelo médium Zélio de Moraes, em 1908. Hoje, só há escombros do pequeno imóvel localizado na rua Floriano Peixoto, em Neves.
— Se você derruba o imóvel, ele pode ser reconstruído. A secretaria da Presidência da República se comprometeu, caso a prefeita ceda, articular a formação do Museu da Umbanda junto ao Ministério da Cultura — disse o babalaô Ivanir dos Santos.
Terreiro preservado
O pai de santo Cristiano de Oxalá também contou o drama que viveu após ver o Centro Espírita Umbandista Caboclo Pena de Ouro, fundado por seu pai, em Sacramento, ser desapropriado pela prefeitura em 2010. No terreno, seria construída uma vila olímpíca. Abreu explicou que o projeto mudou e o templo religioso será preservado.
— Eu nasci nessa casa, aqui moram minha mulher e minhas filhas. Pedi demissão de meu emprego, em São Paulo, para vir defender minha família e meu solo sagrado. Quero ver esse novo projeto. Essa propriedade é patrimônio da minha família. Não quero que um oficial de justiça apareça um dia me mandando sair daqui — reclamou Cristiano.

Umbanda é o retrato do Brasil, diz pastor

Fonte: Extra Online




Casa onde nasceu a umbanda em foto tirada em 2008: patrimônio histórico e cultural destruído Foto: Arquivo

Clarissa Monteagudo

A umbanda é um retrato da alma brasileira, e seu patrimônio deve ser muito bem cuidado porque é parte da riqueza cultural do Brasil. Essa é a opinião do teólogo e pastor presbiteriano da Igreja Reformada Ecumênica, Alexandre Marques:
— A umbanda é uma religião de profunda tolerância por ser, sobretudo, ecumênica. Em seus templos, há imagens de Jesus, respeito à Bíblia, às tradições do Nordeste. É uma religião que consegue congregar elementos diversos, justamente porque representa um retrato da alma brasileira. Nosso povo é profundamente mestiço e congregador.
Lição de democracia
Para o pastor, o respeito às tradições e a capacidade de diálogo e tolerância com as religiões são atos que preservam o espírito democrático do país inteiro:
— Todo o patrimônio religioso deve ser respeitado como monumento. Cada templo é uma referência porque mostra raízes distintas, mas que enriquecem o povo inteiro. Seja um centro espírita, uma catedral católica, uma igreja evangélica, um terreiro de candomblé.

Pastor presbiteriano abandona preconceito e se torna uma das principais vozes contra a intolerância religiosa

Fonte: Extra Online


O pastor presbiteriano Marcos Amaral Foto: Divulgação
Na primeira Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa em 2008, o pastor Marcos Amaral, da Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá, aceitou o convite do babalaô Ivanir dos Santos, seu amigo dos tempos de articulação política, para representar os evangélicos. Foi na cara e na coragem, como diz. Ao ver a multidão em trajes afro, o pastor gelou. Até então, aquela imagem era associada ao demônio. Apavorado, Marcos Amaral buscou refúgio no alto do carro de som. Mas, ao descer, o pedido de uma senhora fez o líder mudar de rota e se tornar hoje uma das principais vozes em defesa da liberdade religiosa.
— Eu estava morrendo de medo. Nunca tinha estado em contato com “essa gente” porque, para mim, nessa época, não eram pessoas. Quando desci, pensei em ir embora. Quando estava saindo, uma jovem correu atrás de mim e me pediu para tirar uma foto com a mãe dela. Vi uma senhora negra com roupas de baiana. Ela me pediu: “O senhor pode orar por mim?” e botou a minha mão no turbante dela. Aquela velhinha me quebrou. Nunca mais a vi, mas ela nunca saiu de mim — lembrou o pastor.
Autor de livros como “De volta para casa” e eleito presidente do Sínodo da Guanabara, que congrega mais de 50 igrejas, Marcos Amaral realizará, nesta segunda-feira, reunião de lideranças com participação do reverendo Roberto Brasileiro, pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, na Universidade Mackenzie, no Centro.
Um de seus objetivos é, por meio da união dos líderes presbiterianos, representar uma voz em defesa dos valores reais da religião, como a ética. Ele se assusta quando vê as atitudes desequilibradas feitas em nome de uma suposta fé por líderes de novas seitas que se dizem evangélicas. O verdadeiro cristão, ele ensina, tem outro comportamento.
— Cristo só foi intolerante com os líderes de sua própria nação, quando estes eram intolerantes com as pessoas. Jesus foi o primeiro a dar sinais de compreensão aos que seriam os umbandistas da época, como o centurião romano, que era politeísta (adorava vários deuses). Cristo nos ensinou o amor — encerra Amaral.
Entrevista com pastor Marcos Amaral
O senhor sofreu críticas dentro da igreja ao dialogar com outras religiões quando se aproximou da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa?
Ao longo desses quatro anos, sofri incompreensões. Mas fui me fortalecendo e, ao mesmo tempo, o movimento pela defesa da liberdade religiosa foi ganhando tanta transparência que hoje as pessoas

Mais um terreiro de umbanda é condenado à destruição em São Gonçalo

Fonte: Extra Online


Pai Cristiano de Oxalá em frente ao centro, em São Gonçalo Foto: Thiago Lontra / Extra
Clarissa Monteagudo e Hieros Vasconcelos

Era o dia da liberdade, da abolição da escravatura e, na tradição da umbanda, da festa dos pretos velhos, entidades que simbolizam os povos do cativeiro. Mas, para Cristiano Ramos Batista, de 37 anos, herdeiro de uma das mais tradicionais famílias umbandistas de São Gonçalo, 13 de maio — e, especificamente, o de 2010 — tornou-se marco da luta contra a destruição de seu patrimônio religioso.
Nessa data, a prefeita Aparecida Panisset, evangélica, assinou um decreto desapropriando o terreno onde está, há 40 anos, o Centro Espírita Umbandista Caboclo Pena de Ouro, comandado por Cristiano. No dia seguinte, a decisão foi publicada no Diário Oficial do município.
Esta semana, outro marco da religião começou a ser posto abaixo na cidade: a casa no bairro de Neves onde, há 103 anos, foi fundada a umbanda. A demolição poderia ter sido evitada com um decreto da prefeita. Nesta quarta-feira, durante o abraço simbólico ao berço da umbanda, integrantes de religiões de matriz africana denunciaram que sofrem perseguição em São Gonçalo.
— Vivemos numa cidade na qual, há oito anos, não há um governante que respeite a diversidade religiosa do povo que o elegeu — afirma a ialorixá Mãe Márcia de Oxum.
O imóvel do Centro Caboclo Pena de Ouro será demolido para a construção de uma vila olímpica. Cristiano entrou na Justiça contra a obra:
— Queremos o direito de dar continuidade ao nosso trabalho espiritual.
O terreno do Centro Espírita Umbandista Caboclo Pena de Ouro tem 23 mil metros quadrados. Cerca de 60% da propriedade são de mata atlântica, com espécies nativas preservadas. O pai de santo, batizado na religião como Cristiano de Oxalá, conta que, no último ano, funcionários da prefeitura entraram na propriedade e começaram as obras. O religioso reclama que nunca houve diálogo apesar das várias tentativas.
— Tentamos negociar para que deixem pelo menos o espaço onde são realizados os trabalhos espirituais. Estamos lutando há um ano. Já fecharam a entrada da propriedade com tapumes, invadiram o terreno para passar manilhas. Agora, as obras estão paradas porque a verba para a vila olímpica foi bloqueada pelo Ministério dos Esportes — diz o pai de santo.
O templo nasceu há 40 anos no bairro de Sacramento. Antes, estava instalado em Niterói. A história de pai Cristiano de Oxalá tem raízes no terreiro destruído anteontem no bairro de Neves.
— Meu pai foi iniciado por Mãe Vitória, que frequentava o terreiro de Zélio de Moraes — relata, referindo-se ao fundador da religião.
Além da atuação religiosa, o Centro Espírita Caboclo Pena de Ouro distribui cestas básicas nos fins de ano e cede espaço do seu terreno para professores treinarem, gratuitamente, crianças no futebol:
— Somos aceitos por toda a comunidade. Temos apoio de todos os comerciantes locais, como de outros bairros que sempre nos prestigiaram na nossa cidade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ibejada salve!

Oni Ibejada!

Salve as Crianças!!

Fonte: Casa Poderosa dos Filhos e Yemanjá


Personalidade dos filhos de Ibeji

Características dos filhos de Ibeji




Os filhos de Ibeji são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconsequentes; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhões, sorridentes, irrequietos – tudo, enfim, o que se possa associar ao comportamento típico infantil.

Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, a sua leveza perante a vida revela-se no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, a sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia.

Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e uma certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, às vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em seu torno a princípios simplistas como “gosta de mim – não gosta de mim”. Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com alguma facilidade.

Ao mesmo tempo, as suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças, em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades desportivas, sociais e das festas.
 
IBEJI




Dia: Domingo

Cores: Azul, Rosa e Verde

Elemento: Ar

Domínios: Nascimento e Infância

Símbolos: 2 Bonecos Gémeos, 2 Cabacinhas

Saudação: Omi Beijada!



Ibeji é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gémeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.

Ibejis

Fonte: Mundo dos Orixás


Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orisa duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual.
Divide-se em masculino e feminino,(gêmeos). Em Oyó cultua-se como erês ligado a qualidades de Sangô e Osun. Popularmente conhecido como xangô e oxun de ibeji.
Os orixás gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé e batuque são referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada do orisa chamados de ase erês ou asêros.  
Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer, brotar e criar.

Arquétipos:
Jovens, brincalhões, irreverentes e enérgicos. Mesmos os adultos filhos deste orixá, possuem características infantis.

Lendas:
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos.
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.

Outra Informação sobre Ibeji
(Wikipédia)
Ìbejì é o Òrìsà dos gêmeos. Da-se o nome de Taiwo ao Primeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último. Os Yorùbá acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho.

Ibejada!!





Salve São Cosme e São Damião!





Oração a São Cosme e Damião


São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou. repouse também em meu coração. Que a vossa proteção, Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixa vir a mim os pequeninos, pois deles é o Reino do Céu.--. São Cosme e Damião, rogai por nós.


PRECE A SÃO COSME E DAMIÃO



Cosme e Damião, luzeiros espíritos da corte de Oxalá, amados benfeitores, queridos guias, nós vos imploramos a vossa proteção, força, saúde e resignação para que possamos cumprir com os desígnios de Pai. Dai-nos sempre os fluidos de paz, amor alegria e felicidade que vos são peculiares. Curai nossos males, fortalecendo nossos corpos materiais, proporcionando aos nossos espíritos as satisfações que lhes sejam agradáveis. Protegei-nos e a nossos familiares; protegei também, todas as criancinhas, para que tenham, a cada dia, uma vida melhor, sob o prisma material. Que vossos fluidos sacrossantos, recaiam sobre nossas cabeças, é o pedido que humildemente vos fazemos.


Saravá Cosme e Damião! Saravá toda Ibejada !
Que assim seja!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CIGANOS NA UMBANDA

Fonte:Rituais e Mistérios do Povo Cigano
Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do Povo Cigano ”
“Eu vi um formoso Cigano
Sentado na beira do Rio
Com seus cabelos negros
E os olhos cor de anil
Quando eu me aproximava o cigano me chamou
Com seus dados nas mãos
O cigano me falou
Seus caminhos estão abertos
Na saúde, na paz e amor,
Foi se despedindo e me abençoou
Eu não sou daqui, mas vou levar saudades,
Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.”
Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Laroyê Grande Exú Tiriri e Mojubá!!!

Fonte: YouTube


O Reino de Exu

Fonte: CASA BRANCA DE OXALÁ TEMPLO UMBANDISTA

O Reino de Exu é composto em sua totalidade por um povo de 18.672.577 Exus, divididos em 7 linhas, onde estas linhas compreende 1.111 legiões, o que entende-se que há 2401 Exus distribuídos nas falanges, sem contar os Kiumbas existentes e transitórios na Linha Mista.

0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda
 
        Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pomba-giras seriam  as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério.  É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
        O que é esse lixo? 
  • Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa. 
  • Nossas ações. 
  • Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
        Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando. 
        Sabendo que a religião_de_Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
        Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência  desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.
        A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em  muito, na sua recuperação. Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada. Este trabalho_de_separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.
        A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”. Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”.  Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião. Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo: Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas. Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”.
        Transcreveremos abaixo, parte da entrevista gravada com o Sr. Zélio Fernandino de Morais no dia 22 de outubro de 1970, que faz algumas referências aos Exus. Fita de Nº 50 da Biblioteca da Casa Branca de Oxalá. Gravação feita com a voz de Zélio de Moraes, quem anunciou a Umbanda (Caso haja interesse em aprofundar neste assunto, escreva para vianasolano@uol.com.br)

Capitão da Encruzilhada!

Fonte: YouTube


Rodeia com Fé. Laroyê Exú!!!

Fonte YouTube

Laroyê Exú! Salve o Senhor Tranca Rua

Fonte: YouTube



Save as Moças Bonitas. Laroyê Pomba Gira!

Fonte: YouTube


Homenagem a Iansã. Eparrei oyá!

IANSÃ

Fonte: Portal dos Guardiões da Luz



IANSÃ também chamada OYA, é o Orixá dos ventos e raios.

Além disto, e Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos.

Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso.

É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa.

De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã.

Sua saudação é EPA HEY !
O ARQUÉTIPO DE IANSÃ

terça-feira, 26 de julho de 2011

Homenagem à Nanã. Salubá Nanã!

Fonte: You Tube / T.U. ORUM KIANDA - O FIRMAMENTO DE IEMANJÁ








História de Nanã

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira  com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
    • Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
    • O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
    • O Movimento adquire Estrutura.
    • Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.
  • Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.
Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.

Origem

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.
É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê.
Atribuições
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .

PONTOS DE NANÃ
Saudação : Saluba, Nanã !

PONTO # 01
Atraca, atraca, que ai vem Nanã... eiá.... ( 3x )
É Nanã, é Oxum, é que vem saravar... eiá...

Atraca, atraca, que ai vem Nanã... eiá.... ( 3x )
É Nanã, é Oxum, é que vem saravar... eiá...

Atraca, atraca, que ai vem Nanã... eiá.... ( 3x )
É Nanã, é Oxum, é que vem saravar... eiá...


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PONTO # 02
São flores, Nanã, são flores...
São flores, Nanã Buruquê...
São flores, Nanã, são flores...
De seu filho Abaloaê...

São flores, Nanã, são flores...
São flores, Nanã Buruquê...
São flores, Nanã, são flores...
De seu filho Abaloaê...

Nas horas de agonia... é ele que vem nos valer...
É seu filho Nanã, é meu Pai, ele é Abaloaê... ( Bis )

PONTO # 03
Eu vi Nanã... eu vi... sentada na beira do poço...
Senhora Santana... com seu manto Roxo...

Divina Nanã... oi divina Nanã... venha nos ajudar
eu vi Nanã... eu vi...
Senhora Santana Buruquê, Saluba, eu vi ( Bis )
eu vi Nanã... eu vi...
Senhora Santana Buruquê, Saluba, eu vi ( Bis )

Eu vi Nanã... eu vi... sentada na beira do poço...
Senhora Santana... com seu manto Roxo...

Divina Nanã... oi divina Nanã... venha nos ajudar
eu vi Nanã... eu vi...
Senhora Santana Buruquê, Saluba, eu vi ( Bis )
eu vi Nanã... eu vi...
Senhora Santana Buruquê, Saluba, eu vi ( Bis )

( 3x )

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PONTO # 04
Senhora Santana, quando andou pelos montes ( Bis )
Por onde passava deixava uma fonte ( Bis )
Os Anjos que vinham beber água dela
Que água tão limpa, Senhora tão bela ( Bis )
Na coroa de Zambi, eu vi Nanã... Auê eu vi Nanã...( Bis )
Eu vi Nanã, eu vi Nanã.. eu vi Nanã, eu vi Nanã... Auê
É Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê...( Bis )
Senhora Santana, quando andou pelos montes ( Bis )
Por onde passava deixava uma fonte ( Bis )
Os Anjos que vinham beber água dela
Que água tão limpa, Senhora tão bela... ( Bis )
Na coroa de Zambi, eu vi Nanã... Auê eu vi Nanã...( Bis )
Eu vi Nanã, eu vi Nanã.. eu vi Nanã, eu vi Nanã... Auê
É Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê... é Nanã Buruquê...( Bis ******

Lendas de Nanã

Fonte: T.U. ORUM KIANDA - O FIRMAMENTO DE IEMANJÁ

Como Nanã Ajudou na Criação do Homem
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu. 

Nanã Buruku se correlaciona com as Onze Energias Cósmicas e é íntima delas compreendidas na religião de Umbanda. É até considerada por muitos como a “Avó de todos os Orixás”. . Nada acontece de novo sem que ela não esteja alerta, sempre presente, desde a criação incessante do Universo até o desenrolar contínuo da atividade existencial de todos os Seres e Elementos que compõem o organismo vivo do nosso pequeno e valioso Planeta. Neblinosamente, compadese com outras Energias para, juntas, comporem a forma do mais sutil e perpiscaz Orixá.  


Cozinha Ritualística - Nanã

Fonte: T.U. ORUM KIANDA - O FIRMAMENTO DE IEMANJÁ

Canjica 
Material necessário :  100 g de milho de canjica, 1 xícara de leite, 1/3 de xícara de açúcar, 1 mamão miúdo, mel
Maneira de fazer : Cozinhar a canjica, deixando secar. Juntar o leite e o açúcar e deixar apurar mais um pouco. Cortar o mamão ao meio, tirar as sementes, encher com canjica e regar com mel.
Efó

Material necessário : 1 maço de Língua-de-Vaca, Espinafre (somente as folhas),  300g de camarão seco moído no liquidificador (tire somente os olhinhos e deixe a cabeça ),  3 Cebolas, 1/2 xícara (chá) de azeite de dendê, Azeite de oliva a gosto, Farinha de mandioca para dar liga e Sal a gosto.

Maneira de fazer : Ferve-se 1 maço bem grande de Língua-de-Vaca, Espinafre ou Beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com Azeite de Dendê, Camarões secos, Pimenta do Reino, Cebola, Alho e Sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com Arroz Branco.
Sarapatel

Material necessário : Miúdos de Porco ( Sangue também ), Limão, Coentro, Louro, Pimenta do Reino e Sal

Modo de fazer : Lava-se Miúdos de Porco com Água e Limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com Coentro, Louro, Pimenta do Reino, Cravos da Índia, Caldo de Limão e sal. Cozinha-se tudo no fogão. Quando tudo estiver macio, junta-se Sangue de Porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de Farinha de Mandioca torrada ou Arroz Branco..

Paçoca

Material necessário : 250 gms amendoim torrado sem pele,  250 gms de biscoito tipo maisena, 2 colheres de sopa de açucar e 01 lata de leite condensado.

Maneira de fazer : Bater no liquidificador os biscoitos e o amendoim torrado, depois misture o açucar e o leite condensado formando uma massa coloque numa travessa refratária e deixe descansar por 15 minutos antes de cortar os pedaços.

SALUBÁ NANÃ

Fonte: T.U. ORUM KIANDA - O FIRMAMENTO DE IEMANJÁ


ORIXÁ : NANÃ

Oração de Nanã
Oh ! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da Vida.
Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas, Mãe da Sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize todas as forças negativas à minha volta.
Dai-me a tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da Paz, do Amor e da Prosperidade.

Deus Salve Nanã !!
Saluba, Nanã !!
Ponto Riscado de Nanã
As Características dos Filhos de Nanã

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Fonte: T.U. ORUM KIANDA - O FIRMAMENTO DE IEMANJÁ

ORIXÁ : NANÃ
Características
Cor
Roxa ou Lilás
Fio de Contas
Contas, firmas e miçangas de cristal lilás
Ervas
Erva Quaresma ( Flor ou Folha); Manjericão; Babosa; Jasmim; Carqueja; Jurema, entre outras.
Símbolo
Chuva
Pontos da Natureza
Lago, Águas profundas, Lama, Cemitérios e Pantânos.
Flores
Todas as flores roxas
Essências
Lírio, Orquídea, Limão, Narciso e Dália
Pedras
Ametista, cacoxenita, tanzanita
Metal
Latão ou Níquel
Planeta
Lua  ( No Quarto Crescente ) e Mercúrio
Saúde
Dor de cabeça e Problemas Intestino
Dia da Semana
Sábado (Em algumas casas: Segunda)
Elemento
Água
Chacra
Frontal e Cervical
Saudação
Saluba Nanã
Bebida
Champanhe
Animais
Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)
Comidas
Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá
Numero
13
Data Comemorativa
26 de Julho
Sincretismo
Nossa Senhora Santana
Local de Entregas
Lagos, Lagoas e Lodo
Incompatibilidades
Lâminas, multidões.
Qualidades
Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure